"Por que não celebrei o Natal" por Pablo Antunes Assim como 5 bilhões de habitantes deste planeta, não sou cristão. Nas mais de três décadas vividas, cresci com uma avó católica, estudei em uma escola luterana, frequentei um centro espírita, de longe admirei o budismo; contudo, afastei-me do sentido sacro das religiões para observá-las e admirá-las por seu lado antropológico e mitológico. Atualmente, para mim, o cristianismo adquiriu um caráter de mitologia, assim como as antigas crenças gregas e egípcias. Portanto, celebrar o nascimento de Jesus de Nazaré seria o mesmo que comemorar as façanhas de Zeus ou de Osíris. Reunir-me com a família e amigos para festejar um acontecimento que não me toca mais seria o mesmo que preparar a ceia para o Ramadã ou o Hanuká. Nada disso me envolve mais. O dia 24 de dezembro se tornou como os dias 8, 12 ou 20, 28. Portanto, resolvi não fingir a mim mesmo ao desejar um feliz alguma coisa sem significado nenhum para mim. Livre dos dogmas ...